sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Como escolher sua câmera?

O mundo da fotografia digital está em constante evolução. Por exemplo, a "guerra dos megapixels" dos últimos anos é história: é difícil encontrar uma câmera nova com um sensor com menos de 10 Megapixels.

Em vez disso, estamos vendo um tipo diferente de batalha: os fabricantes estão tentando construir câmeras especializadas para diferentes tipos de fotógrafos. Entre câmeras cheias de recursos, modelos domésticos sofisticados, câmeras de bolso com zoom poderoso, máquinas híbridas para fotos e vídeos, compactas com lentes intercambiáveis e DSLRs cheias de recursos, o número de opções cresce e as coisas ficam cada vez mais confusas.

Estamos aqui para ajudar. Esse "Guia de Compra de Câmeras Digitais" irá ajudá-lo a decidir qual tipo de câmera comprar baseado no seu perfil de uso e nos recursos que realmente importam. Assim, você pode gastar seu suado dinheirinho sem medo de se arrepender depois.

Escolhendo a câmera digital correta

Se você está tendo dificuldades para saber qual câmera comprar, pode ficar tentado a tomar uma decisão baseada apenas na quantidade de megapixels anunciada. No entanto, a não ser que você pretenda fazer impressões enormes ou ampliar pequenos detalhes de uma imagem, os megapixels não significam muita coisa. Na verdade, megapixels “em excesso” podem levar a imagens menos nítidas e com mais ruído, a não ser que você esteja usando uma câmera com um sensor de imagem maior (como uma DSLR ou uma câmera Micro Four-Thirds).

Outros recursos normalmente são mais importantes, e eles dependem da qual finalidade para a qual a câmera. Por exemplo, uma câmera lenta que leva muito tempo entre as fotos é um "abacaxi" para fotógrafos de esportes ou ação. E uma DSLR grande e pesada que produz ótimas fotos pode passar mais tempo no seu armário do que na sua bolsa. Uma máquina sem controles manuais pode produzir imagens fabulosas à luz do dia, mas outras horríveis em situações mais desafiadoras.

Escolha o seu tipo de fotografia

Antes de começar, deve escolher o seu tipo de fotografia. Adicionalmente, pode escolher mais um estilo, mas não assuma que os vai praticar todos, porque na verdade isso acabará por não acontecendo. Desta forma, conseguirá ter uma melhor noção do que pretende de sua câmera.

Esporte, Jornalismo, Pessoas, Paisagens, Noturna, Macro...

Aprenda os termos técnicos

Para conseguir pesquisar uma câmera fotográfica, é necessário aprender os termos técnicos que a acompanham, para saber que características procurar e como conseguir comparar as câmeras e selecionar uma de acordo com o objetivo que pretende.
Câmera Digital SLR

É natural que as câmeras fotográficas compactas sejam mais baratas, mas as câmeras digitais SLR tornaram-se comuns e desde há alguns anos para cá qualquer pessoa pode ter uma, deixando de ser exclusivas dos profissionais. Hoje em dia, as câmeras digitais SLR já apresentam bons preços, e quem quer mais da fotografia, ou quem quer fotografar pensa em comprar uma câmera destas em vez de uma compacta.

Uma câmera DSLR significa Digital Single Lens Reflex (Câmera Reflex Monobjetiva Digital). Com este tipo de câmera fotográfica pode mudar a lente de acordo com o tipo de fotografia que pretende obter. Tem sensores muito maiores que produzem fotografias de alta qualidade, tem também a capacidade de fotografar instantaneamente quase sem delay e também pode obter uma fotografia exatamente igual ao que a lente vê. A maioria das DSLRs também possui uma função que permite uma pré-visualização precisa da profundidade de campo. Uma câmera DSLR pode tirar fotografias diversas, sendo muito mais versátil que uma câmera compacta.

Anatomia e funcionamento de uma câmera digital SLR

A câmera fotográfica reflex tem um sistema de captação de imagem distinto de uma câmera compacta, e quase que se pode dizer que o que se vê pelo visor da câmera é o que se obtém.

Para obter uma fotografia, a câmera DSLR deixa que o visor utilize o sistema ótico principal: a luz que entra na câmera é refletida num espelho, que por si a reflete num visor de focagem; a luz passa pelo visor de focagem e entra num bloco de vidro chamado um pentaprisma; por fim o pentaprisma reflete a imagem para que a possa ver no visor.

Quando tira uma fotografia, o espelho inclina para cima e o obturador abre, expondo o sensor a uma determinada quantidade de luz.

Assim sendo, para compor uma fotografia basta olhar pelo visor, compor e focar a imagem ajustando o foco.

No entanto, o que se vê pelo visor do pentaprisma nem sempre é exatamente o que se obtém. Assim, antes de comprar a câmera fotográfica deve informar-se acerca da cobertura e da luminosidade. Muitos dos visores das câmeras DSLR apenas mostram 95% da imagem (fator de corte) que é captada pelo sensor (cobertura); no entanto, isto não é extremamente importante.

Os visores também variam na luminosidade, e quanto mais luminosidade tiverem, mais fácil é de usar o foco manual, pois mais facilmente se aperceberá de todos os detalhes do que está a ver.

Lentes

Uma das grandes características de uma câmera digital é ter lentes amovíveis para mudar de acordo com o tipo de fotografia e condições disponíveis para obter uma fotografia. Não caia no erro de pensar que a capacidade de tirar fotografias depende exclusivamente da câmera, grande parte da fotografia depende do tipo de lente usada. A lente tem uma grande importância na cor da fotografia, no contraste, na claridade, e na perspectiva. Por esta perspectiva, deve adequar o tipo de fotografia que pretende como retrato, paisagem, etc., ao tipo de lentes; pois não é razoável pensar que vai ter de comprar todo o tipo de lentes para fotografar todo o tipo de situações. Uma das grandes vantagens de uma câmera digital SLR é o fato de poder ir mudando as lentes e não ter de mudar a câmera.

O que saber acerca dos termos fotográficos

Megapixels: quantos mais megapixels uma câmera tiver, mais detalhe obterá e mais conseguirá ampliar a imagem.

ISO: o ISO é fundamental para conseguir fotografar com pouca luz e sem o uso do flash. Porém, quanto mais alto colocar o ISO, menor a qualidade da imagem, ou seja, a imagem fica com mais grão (ruído).

Live view (LCD): o sistema live view permite fazer a composição da fotografia usando o LCD da câmera em vez do visor.

Controle do pó/poeira: se verificar que aparecem pequenos pontos negros na fotografia, isso pode ser pó que está pousado na lente. Os sistemas de controlo de poeira tentam prevenir e eliminar este problema.

Estabilizador da imagem: existem dois tipos de estabilizador: o da câmera e o da lente. O estabilizador da imagem ajuda a imagem a não ficar desfocada devido ao movimento.

Autofoco: o sistema de auto-focagem pode ter de 3 a 9 pontos focais. Mas mais importante do que o número de pontos focais é a precisão do sistema.

Faixa dinâmica (alcance dinâmico): como uma câmera não consegue captar os detalhes de uma cena - com um grande contraste - da mesma forma que um olho humano, quanto mais alta a faixa dinâmica (HDR), maior a possibilidade de obter um bom contraste. Uma alta faixa dinâmica capta mais contraste do que uma exposição única, combinando os melhores detalhes de altas luzes de uma foto e o melhor detalhe da sombra.

Fator de Corte ou Cobertura do Sensor: a maior parte das vezes a imagem que se vê no visor é apenas 95% da fotografia total. O sensor digital da câmera é menor do que uma película de filme 35 mm, por isso, apenas uma parte da imagem que passa pela lente é capturada.

Disparo contínuo (Continuous Mode): a drive de velocidade permite tirar diversas fotografias em disparo contínuo numa rápida sucessão. Usualmente são X frames por segundo (fps), ou disparos por segundo. No geral, quanto maior a velocidade, melhor.

JPG e RAW: o formato JPG é o mais fácil de usar, permite fotografar mais quantidade de fotografias, sendo mais fáceis de enviar, visualizar; o formato RAW é melhor para trabalhar posteriormente a fotografia.

Buffer (Memória Intermédia): depois de captada, a imagem é transferida para um armazenamento temporário (memória intermédia) chamada memória buffer. O tamanho da memória intermédia é importante, pois diz quantas imagens podem ser obtidas em sucessão. Se a câmera tiver uma memória intermédia pequena terá de esperar um pouco mais até poder tirar mais uma série de fotografias

Formato: inicialmente a maioria dos fotogramas era quadrado, ou seja, 1:1, atualmente o formato mais comum é de 16:9. Existem formatos mais adequados para determinadas fotografias. Uma paisagem, por exemplo, costuma exigir formatos como o 16:9. Para um retrato, é preferível formatos quadrados como o 1:1 ou o 3:4.

O que procurar numa câmera digital SLR de acordo com o estilo fotográfico

Esporte e Ação:

• Velocidade alta de disparo contínuo
• Grande memória intermédia
• Multipontos focais rápidos

Retrato - Pessoas

• Estabilizador de imagem
• Live view (LCD)
• Bom controle de cor de tons de pele

Paisagem

• Estabilizador de imagem
• Formato dinâmico
• Alcance dinâmico alargado
• Controlo de poeiras
• Controlo de cor – especialmente os verdes

Macro

• Estabilizador de imagem
• Live view (LCD)
• Lente macro

Noturna

• Estabilizador de imagem
• ISO alto com baixo ruído
• Redução de ruído para uma velocidade de obturação lenta
• Controlo remoto

Viagem

• Estabilizador de imagem
• Pequena dimensão e leveza
• Alcance dinâmico alargado

Festas e família

• Estabilizador de imagem
• ISO alto com baixo ruído
• Opção de flash externo

Momentos - Jornalismo

• Multipontos focais, Autofoco rápido

Fotografia de estúdio

• Live view (LCD)
• Compatibilidade com acessórios de iluminação

Como comparar

Para comprar uma câmera, pode comparar diversas câmeras pelas suas características. Basta selecionar um modelo e compará-lo com outros.

Preço: o preço usualmente é um fator determinante na compra de uma câmera fotográfica, por isso pode a partir desta premissa excluir à partida algumas opções.

Megapixels: hoje em dia as câmeras fotográficas vêm com píxel suficientes para obter formatos ou cortes bastante bons, mas se pretender fazer tamanhos publicitários como outdoors, o ideal é optar por uma câmera com um grande nível de megapixels.

Rating: o que os outros dizem acerca da câmera é muito importante, por isso verifique a classificação “ratings” em sites especializados.

Tamanho e peso: se não pretende uma câmera muito pesada, ou pretende usá-la na maioria das vezes em viagens, opte por uma câmera menos, mais leve.

Características: muitas câmeras vêm com características como a possibilidade de filmarem em HD, se valorizar este tipo de extras, então terá de procurar por eles.

Para começar, basicamente isto é tudo que tem de saber para iniciar a demanda pela sua câmera digital SLR. Não procure a melhor, porque a melhor câmera digital é um conceito relativo, procure a melhor para si, porque as necessidades de cada pessoa são diferentes, por isso, reflita sobre qual o uso da sua câmera e depois disso, comece a sua pesquisa e comparação.

Como fazer uma composição com o raciocínio de Fibonacci

Depois de saber que, regra geral, colocar o objeto no centro da fotografia nem sempre é o ideal, e que deve usar a regra dos terços – depois da regra dos terços, vem um detalhe maior: o rácio de Fibonacci. Tal como tudo, a regra dos terços funciona em alguns casos, e é uma ótima ajuda, mas se conhecer e dominar o rácio de Fibonaci na fotografia, verá que nunca olhará para uma fotografia da mesma forma.

O que é o rácio de Fibonacci?

O rácio de Fibonacci foi descoberto por Leonardo Fibonacci por volta do ano 1200, sendo também conhecido como a proporção divina ou número de ouro. Fibonacci apercebeu-se que existia um rácio matemático absoluto que surgia muitas vezes na natureza, uma espécie de ordem universal que desenha a natureza e que a faz ao olho humano, natural e bela. Desde a Renascença que pintores, escultores e arquitetos baseiam as suas obras neste rácio.

A proporção divina pode-se ver em obras famosas como a Mona Lisa ou a Última Ceia, obras de Leonardo da Vinci; hoje em dia até a Apple usa esta proporção em muito do seu design, sendo também usada por muitas empresas de design um pouco por todo o mundo. Embora a regra dos terços seja muito mais fácil de usar, o rácio de Fibonacci pode ser um grande trunfo, se o compreender bem. Por exemplo, em alguns programas de fotografia como Lightroom, existe um overlay que lhe permite fazer um crop à imagem de acordo com esta proporção. Com esta referência conseguirá que esta proporção coincida com as linhas ou pontos de interesse na sua fotografia.

Mais concretamente, a Sequência de Fibonacci consiste numa sucessão de números, tais que, definindo os dois primeiros da sequência como 0 e 1, os números seguintes serão obtidos por meio da soma dos seus dois antecessores. Portanto, os números são: 0,1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,144,233,...

Dessa sequência, extrai-se o número transcendental conhecido como número de ouro também conhecido matematicamente como Phi (1,618).

O número de ouro é aproximado pela divisão do enésimo termo da Série de Fibonacci (1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,..., na qual cada número é a soma dos dois números imediatamente anteriores na própria série) pelo termo anterior. Essa divisão converge para o número áureo conforme a tornamos cada vez maior.

Essa sequência aparece na natureza, no DNA, no comportamento da refração da luz, nos átomos, nas vibrações sonoras, no crescimento das plantas, nas espirais das galáxias, nos marfins de elefantes, nas ondas no oceano, furacões, etc.

Aplicar a proporção divina à fotografia pode fazer com que uma fotografia seja algo que uma pessoa considere agradável à vista, sem saber bem porquê; na realidade o subconsciente humano deteta este rácio inconscientemente.

Para aplicar o rácio de Fibonnaci a uma fotografia, basta aplicar o que é semelhante à regra dos terços: uma grelha dividida em 3 partes. A diferença é que em vez de ter a grelha dividida em 3 partes iguais, a grelha que divide a fotografia em 3 partes não se divide em 3 partes iguais divide-se em: 1+ 0,618 + 1.

Nestes casos o ponto dominante está no olhar pois encontra-se numa das intersecções de Phi.

Se ainda quiser ir mais longe, pode optar por aplicar o rácio por inteiro à imagem e ainda conseguir um detalhe maior. Nesta imagem, dá para perceber que existe uma ligeira diferença entre as intersecções das linhas Phi e o local perfeito de Phi. Nesta imagem o centro da face está alinhado pela espiral e o olhar posicionado no ponto mais próximo da Phi.

Neste caso, em vez de se optar por colocar a linha terrestre de acordo com a regra dos terços, esta foi mudada para a linha Phi inferior; colocou-se também o olhar do coelho mesmo na junção das linhas de Phi. Este é um bom exemplo de como se pode obter uma fotografia diferente, na realidade menos previsível.

Se gostaria de perceber ainda melhor o que significa o rácio de Fibonacci na natureza, o ideal será dar uma vista de olhos a este vídeo.

O rácio de Fibonacci é uma excelente ferramenta na composição de uma fotografia, ajuda muito a criar fotografias mais originais, e torna uma fotografia muito diferente do que quando se utiliza a regra dos terços; aliás esta não deve nunca ser vista como uma pequena variante da regra dos terços, porque na realidade a diferença é muito grande. Esta é a grande diferença que faz com que se consiga uma fotografia que naturalmente se gosta.

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Créditos: O MEU OLHAR

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Imagens Marcantes de 2010

Pra quem gosta de fotojornalismo não pode deixar de ver esses 02 links abaixo. São imagens impressionantes e de qualidade indiscutível.

http://totallycoolpix.com/2010/12/top-pictures-of-2010-part-1/
http://totallycoolpix.com/2010/12/top-pictures-of-2010-part-2/




Revista National Geographic Edição Especial 100 Melhores Fotos

Com talento e discernimento, os fotógrafos de NATIONAL GEOGRAPHIC documentaram os grandes dramas da História, foram intrépidos servidores da Ciência, trouxeram as belezas da vida selvagem, adentraram a vida das pessoas, partilhando com dignidade seus trunfos e ansiedades, sempre pedindo permissão para ser testemunha, estar presente no momento. Diante de millhões de fotos feitas desde 1888, escolher as 100 melhores fotos para essa edição especial não foi nada fácil, Mas o resultado é uma espetacular seleção de imagens que não perderam sua magia. E mais: as 10 melhores fotos brasileiras! Vai perder?

Conheça também o site da Revista National Geographic

Guia Completo de Fotografia de Viagem National Geographic

Guia prático para os amantes da fotografia de viagem compartilha os conhecimentos de 15 fotógrafos profissionais que trabalham para a revista National Geographic Traveler. O editor Scott S. Stuckley revela os segredos que os profissionais usam para produzir imagens cativantes de qualquer destino no mundo. Com destaque para: como criar narrativas fotográficas irresistíveis, o segredo para descobrir temas autênticos em qualquer lugar, como abordar estranhos para obter aquele retrato especial, estratégias para fotografar comida, restaurantes e hotéis, como capturar a essência de uma cidade, viagens ao ar livre: fotos mais do que simplesmente bonitas, como retratar animais.

Conheça também o site da Revista National Geographic

Livro National Geographic Grandes Imagens

Por trás da reputação global da National Geographic como uma usina de fotografias reside uma das mais refinadas, extensas e excepcionais fonte de referências gráficas no planeta: a National Geographic Image Collection.


Pela primeira vez, leitores irão mergulhar na profundeza fascinante deste imenso arquivo desde as primeiras fotos coletadas no final do século XIX até as imagens de vanguarda dos dias de hoje.

Tanto as imagens classicamente conhecidas como as que jamais haviam sido publicadas, de cada canto do planeta, de cada espécie de vida selvagem e das grandes conquistas humanas em explorações, aventuras, ciência e muito mais são retratadas e contextualizadas por sua importância histórica, artística, técnica e jornalística.

Seguindo esta jornada pródiga, os leitores se admirarão em conhecer os bastidores da coleção, seu tamanho, sua diversidade de personagens e as coleções especiais, que vai desde os cromos mais delicados da coleção do famoso Alexander Graham Bell até as incríveis imagens da estratosfera. Ilustrações criativas e trabalhos de arte refinados também estão retratados no livro.